ser essa terra: são paulo cidade indígena no memorial da resistência
A exposição Ser essa terra: São Paulo cidade indígena foi a primeira exposição com o tema cujo enfoque foi o território da cidade de São Paulo e a luta de seus diversos povos indígenas, sejam eles originários, migrantes ou herdeiros. A exposição foi desenvolvida por mais de dez lideranças indígenas, com a consultoria de Casé Angatu Xukuru Tupinambá e mediação curatorial de Daniel Kairoz e Marília Bonas. O ritual de abertura, no dia 24 de novembro de 2018, contou com a presença dos grupos Guarani Mbya, Kaimbé, Kariboka, Kariri-Xocó, Pankararu, Pankaré, Tupi-Guarani, Tupinambá e Wassu-Cocal.
Sediada no Memorial da Resistência de novembro de 2018 a abril 2019, a exposição foi composta por dois corredores com os temas apagamento e resistência. Ambos repletos de imagens, objetos e depoimentos, em sua maioria, captados pela própria população indígena, revelando a experiência de ser essa cidade – apesar de um processo histórico de apagamento, e por meio de uma resistência já secular (que muitos desconhecem).
Formamos uma equipe responsável pela produção, identidade visual, sinalização e ilustração. A identidade visual foi desenvolvida com o intuito de traduzir a urgência das falas dos povos indígenas expressas nos painéis e pilares do espaço expositivo. A tipografia escolhida foi a Allerta e Allerta Stencil, cujo os caracteres foram minuciosamente projetados para serem compreendidos de uma maneira mais rápida: como seu próprio nome diz, um alerta. Foram utilizadas as cores branco, cinza chumbo e vermelho urucum nas tipografias e nos fundos dos painéis, dando destaque ao conteúdo escrito da exposição – a voz dos povos indígenas – e invocando o caráter de urgência inerente à luta indígena.
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equipe
ana david
andré stefanini
christian salmeron
lauro rocha
paula marujo
fotografia
victoria braga
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ficha técnica
mediação-curatorial
daniel kairoz
marília bonas
assessoria curatorial
casé angatu xukuru tupinambá
mediação com povos indígenas
alaide pankararé
alex kaimbé
avani fulni-ô
casé angatu xucuru tupinambá
clarisse pankararu
dhevan gwyrá dju
ivone pankararu
índio badaróss
jaguarete
jera guarani
pajé guaíra
pajé laguna
paulo wassu cocal
pedro pankararé
sonia barbosa
tamikuã txih
txairon fulni-ô
wiryçà kariri xocó
vídeo retratos (direção, captação e edição)
daniel kairoz
isadora brant
conversão dos vídeos
lucas rangel
expografia
marília gallmeister
produção
ana flávia de carvalho
daniel kairoz
luiza giandalia
paula marujo
projeto gráfico
ana david
tratamento e edição de imagem
andré stefanini
christian salmeron
lauro rocha
comunicação visual
water vision
agradecimentos
amanda signori
andre okuda
ariane RL
arquivo público do estado de são paulo – APESP
benedito prezia
cafira zoé
caio richard
caio silva ferraz
camila mota
carmen lopes
centro de trabalho indigenista – CTI
comissão guarani yvyrupa – CGY
comissão pró-índio de são paulo – CPISP
conselho indigenista missionário – CIMI
eduardo duwe
equipe de projetos culturais da pinacoteca do estado de são paulo
érico coelho de melo
gabriela aidar (pinacoteca do estado de são paulo)
gabriela batista
heloisa bio
instituto bixiga
instituto socioambiental josé maurício arruti julia gimenes
lídia pankararu
lorraine maciel
lucas keese dos santos
maurício pinheiro
mariangela sena
museu da imigração do estado de são paulo
natália farias
raphael escobar
rodrigo brucoli
roney freitas
salvador kamakan
teat(r)o oficina uzyna uzona
tenonderã ayvu
thea
victor parolin
vinícius toro
vivência na aldeia
xejaride virgínia
xeramoi papa