como foi realizar a edição #3 da revista balaclava
Amanhã, dia 27/04 acontece a 9ª edição do balaclava fest, e por lá lançaremos quarta edição da revista balaclava, em que participei novamente com a direção de arte e diagramação. fiquei com vontade de escrever sobre o processo de como se deu esse encontro e como foi realizar a terceira edição da revista.
Em 2018 tive o prazer de conhecer algumas pessoas por trás da maravilhosa balaclava records – selo, produtora musical e revista da cena indierock em sp. Um dia, conversando com Fernando Dotta e com a Helô Cleaver, resolvi elogiar a revista balaclava, que estava na sua segunda edição. ao ter contato com uma revista – gratuita – sobre a cena musical, em sua maioria independente e atual, me veio a importância desse veículo (cada vez mais obsoleto, pelo menos no brasil), dando voz e visibilidade aos artistas. Me impressionou a qualidade e o cuidado do conteúdo editorial, das fotografias, tudo. É cada vez mais importante vermos as pessoas engajadas na cena de música independente, e a revista tem um importante papel nisso. a revista balaclava mostra o dia dia dos artistas, entrevistas e conversas entre bandas, além de falar sobre as experiências (e os perrengues) dos músicos, sejam eles independentes ou não.
Nessa conversa com a Helô, começamos a analisar juntas algumas coisas que poderiam eventualmente mudar para a terceira edição. Foi nessa troca que ela me convidou para fazer parte do time como designer e diretora criativa. fiquei extremamente feliz e realizada com o convite, pois diagramação é o que mais tenho estudado no design gráfico atualmente. Logo comecei a perceber o desafio (e a responsabilidade) que seria aplicar algumas modificações na revista, por exemplo, no formato e tipo de papel.
Foi um processo intenso, pois como haviam algumas mudanças estruturais, tive que entrar de cabeça no mundo das revistas. Tive muito a ajuda da Isabella Yu, que assina a direção editorial e já passou por algumas revistas da editora abril. Convidei a designer e ilustradora Adriana Komura para me ajudar com a diagramação e ilustração, e também a continuar esse mergulho no mundo das revistas.
Esse encontro me abriu muito a entender as diferenças entre fazer um projeto gráfico de um livro e o de uma revista. com total liberdade criativa, começamos a entender se iríamos para um caminho linear, onde todas as matérias teriam as mesmas “caras” ou se partiríamos de cada matéria separada. Escolhemos a segunda opção, pois percebemos que mesmo a maioria das matérias serem entrevistas, cada uma tinha sua peculiaridade, seu estilo musical, etc.
O resultado foi uma mistura de linguagens que se conectaram com as tipografias escolhidas para essa edição, que foi a Eksell, Akkurat e EB Garamond. A primeira era a tipografia de títulos principais e abre dos capítulos. a Akkurat, uma tipografia sem serifa que foi utilizada no corpo do texto e em alguns casos, junto a Garamond, uma tipografia serifada, diferenciando as vezes as perguntas e respostas das entrevistas.
O formato de 16,5 x 24 cm, um pouco maior que as duas primeiras foi pensado para que ela tivesse mais respiro entre as manchas de texto/imagens. Imprimimos no papel couché, pela gráfica Elyon com a assistência e o cuidado do Augusto Pereira.
Foi muito importante participar desse processo e conhecer melhor o trabalho da Yu, Helô e da Dri, além de me fazer continuar cada vez mais essa pesquisa no meio do mundo editorial e ver o impacto que tem sido ver as pessoas consumirem um conteúdo rico sobre a cena musical atual.
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