sobre a 15a bienal de veneza arquitetura e o pavilhão brasileiro
Respostas a uma crise ecoam dos projetos e dos questionamentos trazidos pela curadoria de Aravena “Reporting from the front” e dos Pavilhões Nacionais na 15a Bienal de Veneza de Arquitetura.
A mostra “Juntos” de Washington Fajardo traz um debate atual. Os projetos expostos expressam novos modos de fazer, colocando em pauta a função social do arquiteto. Na seleção de Fajardo, assim como na de Aravena, vê-se um ponto de convergência: arquitetura como ferramenta de luta.
Destacam-se os projetos colaborativos, horizontais, interdisciplinares, que trabalham com metodologias participativas, a partir de demandas reais e insurgentes. Processos “de baixo para cima”, que independentemente da escala, têm grande reverberação. Processos em prol da superação de problemas através do engajamento e instrumentalização de uma comunidade. Em todos os trabalhos apresentados na mostra “Juntos” encontramos eco desse caminho, cada um a sua maneira e proporção.
A participação do Vila Flores nesta Bienal é importante para o projeto que se encontra em processo, porém representa muito mais para a Associação Cultural que resiste na base da cooperação cotidiana e de sua constante reorganização.