pavilhão mostra gife | ccsp
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O pavilhão Gife (180m2) foi projetado para a Mostra Gife de Inovação Social, que ocorreu no CCSP de 1 a 17 de Setembro de 2019. A solução arquitetônica considerou além da montagem no Centro Cultural São Paulo, a possibilidade de itinerância. Também considerou que seria montado em 1 dia pela própria equipe de arquitetos.
Para solucionar a reconfigurabilidade do pavilhão adotamos um sistema modular de alumínio extrudado e ranhurado com conectores móveis, que nos permitiu a independência entre a estrutura e vedação.
A intenção foi criar um espaço de convergência e uma experiência de introspecção que abrigasse o conteúdo da mostra, e dialogasse com o contexto do CCSP. Uma envoltória elíptica em tela agrícola aluminizada foi o elemento escolhido para a definição do limite e organicidade. A tela agrícola atendia às nossas expectativas com relação à compactabilidade, leveza e equilíbrio entre opacidade e translucidez que desejávamos.
O sistema construtivo adotado para estrutura é utilizado em fábricas para atender a linhas de montagem na fabricação de esteiras, racks, e outros dispositivos. Pesquisamos esse material há alguns anos (mais sobre a pesquisa aqui) e aplicamos ele em exposições e pavilhões pois acreditamos ser importante para o debate da sustentabilidade nas construções efêmeras. Sempre adotamos o uso de materiais que são pensados para o reuso, sem a implicação de esforços destrutivos e sem a geração de resíduos.
Para isso contamos com um período de prototipagem e pré-fabricação no mês que antecedeu a montagem. Durante esse processo foi possível experimentar e corrigir o projeto, em tempo real, realizar testes de comportamento estrutural, e compreender o esforço e recurso humano necessário para a montagem e desmontagem do pavilhão. Essa etapa do trabalho, foi denominada Fábrica e teve lugar na galeria Mário Schenberg cedida pela FUNARTESP. O processo era aberto a visitação, que acolheu uma série de atividades que promovemos para público mais amplo.
A Fábrica foi o principal aspecto para o desenvolvimento do projeto. Levando em conta sobretudo o aprendizado e troca entre os arquitetos, que eram os montadores e os designers da mostra.
A montagem da estrutura foi realizada em aproximadamente seis horas, com uma equipe de 10 pessoas. A desmontagem completa levou menos que quatro horas.
equipe goma oficina
arquitetura e montagem
Vitor Pena
Victoria Braga
André Vitiello
Inaê Monteiro Negrão
Clara Varandas Abussamra
Luisa Capalbo Menezes
Victor Salviano Isawa
Luiz Gomes da Silva
design gráfico
Maria Cau Levy
André Stefanini
coordenação de produção
Paula Marujo
fotos
Rafaela Netto
vídeo
Central Content
Para o projeto de sinalização escolhemos o papel reciclável – em placas estreitas para o fácil transporte e adaptabilidade – pensadas para as itinerâncias que aconteceriam pelo país, evitando reimpressão e desperdício de material. A tipografia escolhida foi a Cooper Hewitt, por ser a tipografia já utilizada pela associação. Utilizamos a variação de peso, forte característica da type não explorada na marca GIFE, para trazer dinamicidade e pluralidade. A estampa criada com o número 1 brinca com as espessuras da tipografia e marca a primeira edição da mostra.
ficha completa
realização
GIFE
coordenação geral
Erika Sanchez Saez
Paola Caiuby Santiago
curadoria
Erika Sanchez Saez
José Marcelo Zacch
Paola Caiuby Santiago
Apoio de produção
GIFE
Aline Rosa
Textos
Mônica C. Ribeiro
Revisão
Juliana Bitelli
Tratamento de Imagens
Marcelo Guarnieri
Audiovisual
Primeira Opção
Sergio Santos
Projeto Multimídia
Sergio Santos
Interativos
Samambaia Digital
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english version
The Gife pavilion (1937.5 ft2) was designed for GIFE, a Social Innovation Exhibition, which took place at the CCSP from September 1st to 17th, 2019. The architectural solution considered, in addition to the assembly at Centro Cultural São Paulo, was the possibility of roaming. It also considered that it would be assembled in one day by the team of architects.
To solve the pavilion’s reconfigurability, we adopted a modular system of extruded and grooved aluminum with movable connectors, which allowed independence between the structure and the fence.
The intention was to create a space for convergence and an experience of introspection that would harbored the content of the exhibition, and dialogue with the context of the CCSP. An elliptical wrap in aluminized agricultural canvas was the element chosen for the definition of the limit and organicity. The agricultural canvas met our expectations regarding the compactness, lightness and balance between opacity and translucency that we wanted.
The construction system adopted for the structure is used in factories to meet the assembly lines in the manufacture of mats, racks, and other devices. We researched this material a few years ago (more about the research here) and applied it to exhibitions and pavilions because we believe it is important for the debate on sustainability in ephemeral constructions. We have always adopted the use of materials that are designed for reuse, without involving destructive efforts and without generating waste.
We had a period of prototyping and prefabrication in the month before the assembly. During this process, it was possible to experiment and correct the project, in real time, carry out structural behavior tests, and understand the effort and human resources necessary for the assembly and disassembly of the pavilion. This stage of the work was called Factory and took place at the Mário Schenberg gallery provided by FUNARTE SP. The process was open to visitation, which hosted a series of activities that we promote to a wider audience.
The Factory was the main aspect for the development of the project. Taking into account above all the learning and exchange between the architects, who were the assemblers and designers of the exhibition.
The structure was assembled in approximately six hours, with a team of 10 people. The complete disassembly took less than four hours.
For the signage project, we selected a recyclable paper – in narrow plates to facilitate transport and adaptability – designed for itineraries that will occur throughout the country, avoiding reprinting and material waste. The typography chosen was Cooper Hewitt, as it was already used by the association. We use the weight variation, a strong resource of the type not explored in the GIFE brand, to bring dynamics and plurality. A model created with the number 1 plays with the typography thickness and marks the first edition of the show.