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fronteira livre na bienal iberoamericana de desenho + um ano da 11a marcha dos imigrantes

Faz um ano a 11a Marcha dos Imigrantes “Pelo Fim da Invisibilidade dos Imigrantes” que ocorreu na Av. Paulista em São Paulo, 2017. Nesse ano, as 6 faixas produzidas no projeto/intervenção Fronteira Livre estiveram presentes como manifestação do grupo formado por 9 imigrantes e refugiados membros do CAMI, são eles: Albertina Afonso Glosser (Angola), Aracely Tatiana Mérida Urena (Peru), Jose Mpela Bolayenge (Congo), Gredy Canaquiri Yume (Peru), Claudine Shindany Kumbi (Congo), Nataly Puente de la Vega Unda (Peru), Tomasa Nancy Salva Guarachi (Bolívia), Nila Jackeline Salva Guarachi (Bolívia) e Soledad Requena (Peru).

Fronteira Livre foi um processo/projeto desenvolvido para a 11ª Bienal de Arquitetura SP Em Projeto, que resultou em intervenção pública em seis estações do Metrô de São Paulo, de Outubro a Dezembro de 2017. O processo foi realizado através da colaboração entre ativistas, arquitetos, assistentes sociais e artistas de diversos países em uma parceria principal entre a Goma Oficina e o CAMI Centro de Apoio ao Imigrante e Refugiado.

A intervenção foi resultado de dez dias de imersão no CAMI, em que foram realizadas dinâmicas relacionadas ao tema FRONTEIRA LIVRE (título da 10a Marcha da Imigração de São Paulo de 2016). Os primeiros três dias consistiram em dinâmicas de grupo e debates para a construção de narrativas coletivas: dia 1 “história do eu”, dia 2 “história do nós”, dia 3 “história do agora”. Após essas dinâmicas chegamos em seis mensagens síntese – pontos de convergência das narrativas individuais e coletivas – que o grupo desejava comunicar para os usuários das seis principais estações de metrô da linha vermelha: Barra Funda, República, Sé, Brás, Tatuapé e Itaquera.

Valendo-se de metodologia de tradução intersemiótica – que consiste em interpretar palavras e sentimentos e traduzi-los em meios não verbais – os conceitos subjetivos levantados pelo grupo como invisibilidade, medo, voz, limite e rompimento foram transformados em padrões geométricos e cores, estampando seis faixas/fronteiras de 6mX0.75m. As faixas foram fixadas no alto dos largos corredores de alta circulação nas emblemáticas estações do Metrô, de modo a representar em si uma fronteira a ser cruzada diariamente por milhões de pessoas.

Esse ano o projeto foi contemplado com o prêmio na Bienal Iberoamericana de Desenho na categoria Diseño y Participación ciudadana / UCCI. 

O evento ocorrerá no Matadero em Madrid de 26 a 30 de novembro de 2018.

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